Guido Aufdemkamp, representante da indústria europeia de embalagens flexíveis, e Moisés Weber, diretor da PlastiWeber, apontaram as possibilidades sustentáveis das embalagens plásticas flexíveis na Europa e no Brasil durante o 4º Congresso Brasileiro do Plástico.

A média de reciclagem na União Europeia é de 40%, segundo dados de 2018. Já no Brasil, apenas 18% dos municípios possuem coleta seletiva adequada. Os dados foram trazidos respectivamente por Guido Aufdemkamp, representante da indústria europeia de embalagens flexíveis, e Moisés Weber, diretor da PlastiWeber, durante o 4º Congresso Brasileiro do Plástico, que ocorre nesta terça, 8 de junho, até às 18h com palestrantes nacionais e internacionais.

“O plástico tem o potencial de continuar sendo uma grande solução, mas agora isso só vai ser possível com a economia circular”, destaca Weber, cuja Plastiweber Circular Plastics, de Feliz, no Rio Grande do Sul, produz embalagens flexíveis recicladas para aplicações de alto desempenho técnico. “Reciclagem é um dos principais processos para que a lógica da economia circular se concretize.” Para ele, quem vive o dia a dia do plástico percebe seu potencial na economia circular, apontando que o primeiro passo é um descarte adequado.

Para Aufdemkamp e a Flexible Packaging Europe, o ponto focal é a crise climática, cuja solução também passa pela redução na quantidade de materiais utilizados. A solução, segundo o representante da FPE, está nas embalagens flexíveis, que necessitam de uma quantidade menor de matéria-prima para produção e ocupam um espaço menor de armazenamento.

“Não podemos viver sem embalagens, não em nosso mundo moderno, mas queremos ter o menor impacto possível. Por isso, uma abordagem holística é imprescindível”, explica, destacando que leis da União Europeia decretam que todas as embalagens devem ser reutilizáveis ou recicláveis até 2030. “A associação FPE compartilha essa visão de tornar a União Europeia uma economia mais circular.”

Para atingir esse objetivo, Aufdemkamp explica que um dos primeiros passos é melhorar o potencial de reciclagem das embalagens flexíveis, cuja produção e reciclagem já são menos poluentes do que materiais como vidro e alumínio, para que elas possam circular mais. O objetivo é que, até 2025, 80% das embalagens flexíveis na Europa sejam coletadas e recicladas. “Nós apoiamos um plano de economia circular e não apenas de reciclagem”, afirma.